sexta-feira, 16 de julho de 2010

Poesia de Miguel Torga

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

A poesia de Miguel poderá constituir uma óptima opção de leitura. Conheça um pouco mais deste escritor português:


quinta-feira, 8 de julho de 2010


A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak

Lieset Meminger foi abandonada pela mãe para não morrer como ela, às mãos dos nazis. Em 1939 é entregue a um casal alemão, Hans e Rosa Hubermann. Ele é um pintor desempregado e ela uma rabugenta dona-de-casa e vivem numa pequena e desinteressante cidade perto de Munique, mais precisamente em Molching. Entre essa data e 1943 Lieset encontra a morte três vezes e por três vezes sai vencedora. Tão impressionada fica que decide contar a sua história. Ao entrar na nova casa trazia consigo, escondido na mala, um livro, O Manual do Coveiro que apanhara da neve no funeral do irmão, quando o rapaz que o enterrava o deixou cair sem dar por isso. Esse foi o primeiro dos muitos livros que roubou nos quatro anos seguintes. Eram esses livros que traziam ânimo e alento à sua vida naquela época terrível. O gosto que sentia em roubá-los valeu-lhe uma alcunha e uma ocupação e as palavras que neles encontrou seriam, mais tarde, aplicadas na sua própria vida, sempre acompanhada pelo amável Hans e pelo amigo quase invisível, Max Vanderburg, o judeu do porão de quem prometera jamais falar.

in: http://pt.shvoong.com/books/500644-menina-que-roubava-livros/

Se quiser, pode também ver o filme:
Rosa Brava, de José Manuel Saraiva

Em 1368, D. Leonor Teles de Menezes, a mulher mais desejada do Reino, casa com o morgado de Pombeiro, D. João Lourenço da Cunha. O matrimónio é imposto por seu tio, D. João Afonso Telo, conde de Barcelos. Mulher fora do tempo, aceita contrariada o casamento, que a melancolia da vida do campo não ajuda a ultrapassar. Por isso, decide abandonar o marido e parte para Lisboa, para gozar a vida de riqueza e luxúria que a Corte proporciona. Perversa e ambiciosa, não tem dificuldade em seduzir o jovem monarca, D. Fernando, alcançando, desse modo, o poder que sempre desejou. Mas a nobreza, o clero e o povo não vêem com bons olhos esta aliança de adultério com o Rei. E menos ainda quando a formosa Leonor Teles se envolve com o conde Andeiro... Rosa Brava é um romance baseado na investigação histórica que, por entre intrigas palacianas, traições, assassínios e guerras com Castela, reinventa, numa linguagem cativante, uma das personagens mais fascinantes da História de Portugal.

In: http://www.wook.pt/ficha/rosa-brava/a/id/102344/filter/

A Casa dos Espíritos
, de Isabel Allende


Esteban Trueba, um jovem decidido e ambicioso, pretende fazer fortuna, trabalhando numa mina, com o objectivo de casar com Rosa. No entanto, esta morre repentinamente, tal como a sua irmã, Clara, tinha premunido. O jovem, amargurado, deixa a mina e instala-se numa fazenda abandonada, tornando-se um latifundiário abastado, poderoso e arrogante. Após vários anos, Esteban casa-se com Clara, passando o casal a viver também com a irmã de Esteban, Férula. Do casamento nasce Blanca e posteriormente dois rapazes gémeos, Jaime e Nicolás. Esteban, com inveja da influência de Férula sobre Blanca, expulsa aquela de casa e interna a jovem num colégio. Quando esta regressa a casa, apaixona-se por Pedro, filho do capataz da fazenda, que entretanto se tornara líder da rebelião dos trabalhadores rurais contra o latifundiário. Blanca fica grávida, mas Esteban, por ambições políticas, pretende casá-la com um conde francês. Perante tal pretensão, Blanca e Pedro saem do país. Da união dos jovens enamorados nasce Alba, que vai continuar a luta pela justiça social, iniciada pelos pais, chegando mesmo a ser presa e torturada.

in: http://www.infopedia.pt/$a-casa-dos-espiritos

O Primo Basílio, de Eça de Queirós

O livro é um delicioso quadro da classe média de Lisboa, com inesquecíveis tipos caricatos, como o Conselheiro Acácio e Dona Felicidade, e uma história ao mesmo tempo banal e envolvente. Luísa vive um casamento morno com seu prosaico marido, o engenheiro Jorge, e intoxica-se de fantasias românticas, hauridas em livros ou sugeridas nas conversas com sua “devassa” amiga Leopoldina. Num Verão sufocante, durante o qual Jorge faz uma viagem de trabalho, Luísa recebe a visita de um primo rico, seu ex-namorado, agora vivendo em Paris, cidade idealizada nos sonhos românticos da moça. Uma velha empregada, a ressentida Juliana, a tudo assiste cheia de intenções de vingança.
Estes são os ingredientes com que o estilo irresistível de Eça de Queirós compõe a trama do romance. Disso resulta uma crítica demolidora da moral pequeno-burguesa. A aventura “romântica” de Luísa é vista sem nenhum romantismo; ao contrário, é desnudada pelas lentes implacáveis do realismo, que, nessa época, Eça abraçava com fervor, utilizando-o como método de análise para elaborar um amplo e devastador quadro crítico da sociedade portuguesa. A força de 0 Primo Basílio, contudo, não provém de sua trama (que Machado de Assis, em crítica publicada na época do lançamento do livro, demonstrou ser defeituosa), nem de suas intenções de saneamento social, mas sim do poder com que Eça compõe as situações e do encanto do seu estilo.

In: http://pt.shvoong.com/books/novel-novella/505474-primo-bas%C3%ADlio/

O Príncipe com Orelhas de Burro, de José Régio

O Príncipe com Orelhas de Burro não pode ser considerado em paralelo com qualquer outra obra do nosso tempo, em Portugal [...], é uma obra destinada a ficar como uma grande data da nossa literatura. José Régio encheu o seu livro de quadros e retratos em que se revela toda a sua lucidez de moralista, e também toda a força da sua criação poética; quadros e retratos em que os mais diversos tipos de humanidade perpassam, mas que são sobretudos magníficos como sátira e como crítica de costumes. Régio pretendeu dar-nos um microcosmos em que cada paixão, cada tipo humano, tivesse a sua representação.

In:http://www.wook.pt/ficha/o-principe-com-orelhas-de-burro/a/id/68664/filter/

Os Cisnes Selvagens Três Filhas da China, de Jung Chang,

Combinando o intimismo da memória com o fôlego épico de um grande romance, Cisnes Selvagens conta a história de três mulheres – a própria Jung Chang, a mãe e a avó materna – cujos destinos reflectem a história tumultuosa da China do século XX. À medida que os anos passam nesta bem urdida trama familiar, vemos três vidas desdobrando-se uma após outra, através do amor, da tragédia e da renovação.

In: http://www.bertrand.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=185400

terça-feira, 6 de julho de 2010


Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago

Esta obra, de José Saramago, faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta à população.

A cegueira começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… Uma cegueira, branca, como um mar de leite e jamais conhecida, alastra-se rapidamente em forma de epidemia. O governo decide agir, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediencia, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjulgados. Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes,…

in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_sobre_a_Cegueira

Para aguçar a sua curiosidade aqui fica o trailler do filme: